Cronologia


Nasce em Lisboa, a 18 de Abril.


Frequenta o Curso de Ciências Físico-Químicas na Faculdade de Ciências de Lisboa até 1947, abandonando a licenciatura no último ano.

Inicia a sua produção fotográfica que inclui levantamentos etnográficos, registos de arte popular e de escultura, e retratos em contexto urbano. Afirma-se nesta década o seu interesse pela actividade artística e pelo estudo da arte popular e moderna.


Organiza, em colaboração com Diogo de Macedo, uma exposição de Arte Moderna e Arte Africana integrada na Semana de Arte Negra da Escola Superior Colonial em Lisboa, a primeira exposição do género em Portugal. Foram expostas, numa perspectiva comparativa, esculturas de Angola, Moçambique e Guiné, assim como originais de Amadeo de Souza-Cardoso, Almada Negreiros e Modigliani, e reproduções de Matisse e Picasso.
A propósito desta exposição conhece Almada Negreiros. Este artista da primeira geração do modernismo português será uma referência constante a partir da década de 60, ponto de partida para os mixed-media Nós Não Estamos Algures e Almada, Um Nome de Guerra, e figura central nas suas propostas para uma nova vanguarda portuguesa.

Torna-se colaborador regular da Seara Nova, a convite de Fernando Lopes Graça. Nesta década, a actividade de crítica regular, nesta e noutras revistas, como Mundo Literário, Portucale e Vértice, fá-lo sobressair enquanto um influente defensor do movimento neo-realista. A partir da década de 70, considerará a vanguarda a principal herdeira do projecto neo-realista de uma arte participativa e necessária à transformação do contexto social.

Funda e dinamiza o Círculo de Cinema, um dos primeiros cineclubes portugueses. O Círculo é encerrado em 1948 pela PIDE, com a prisão de Ernesto e de outros dos seus membros.


Inicia a sua actividade cinematográfica com a realização de documentários e curtas-metragens publicitárias, na sua maioria para a Ford e para a Shell, que prolonga durante a década de 50.


Fixa-se em Paris, até 1952, com o intuito de se tornar realizador. Para além dos cineclubes e salas de cinema, frequenta estudos de história do cinema e filmologia na Sorbonne. Complementa estas aprendizagens com o estudo de técnicas de som no Clube de Radiodifusão Francesa e de técnicas de cinema a cores num estágio nos estúdios Epinay-sur-Seine.
Assina reportagens sobre cinema nas publicações Shell News, Diário de Lisboa, Jornal-Magazine da Mulher e Imagem, de que é correspondente em Paris.


É assistente de realização estagiário no filme La Minute Vérité de Jean Delannoy.            


É chefe de redacção da revista Plano Focal, onde escreve sobre técnicas do cinema e da fotografia. Para esta publicação, entrevista Man Ray.


Realiza com Baptista Rosa, editor e director da ImagemO Natal na Arte Portuguesa sobre o tema do Natal na pintura e nos presépios, baseado num argumento da sua autoria. O filme recebe o prémio Aurélio Paz dos Reis.

É redactor-principal da revista Imagem, até ao fim da sua publicação, em 1961. Os seus textos nesta revista defendem e fundam as ideias do Novo Cinema. A divulgação do cineclubismo nesta revista e o envolvimento activo nos encontros associativos, fazem dele um dos cineclubistas mais proeminentes.


Ensina a disciplina Propedêutica de Técnica e de História de Arte, no Centro Técnico Profissional, em Lisboa, onde leccionavam também Eduardo Calvet de Magalhães, Orlando Costa e Sena da Silva.


Dirige a colecção "Imagem e Som" da Editora Sequência, onde publica O Argumento Cinematográfico (1956) e A Realização Cinematográfica (1957, em colaboração com Adelino Cardoso e José Fonseca e Costa).

Participa, neste ano e no seguinte, no Estágio Nacional da Federação Francesa de Cineclubes, em Marly-le-Roy, em representação dos cineclubes portugueses. Conhece o presidente da Federação, Jean Michel, e os realizadores Agnès Varda, Alain Resnais, Jacques Demy, Jacques Becker e Chris Marker.


Assiste ao Festival da Juventude em Moscovo, sendo novamente preso pela PIDE, na viagem de regresso.


Escreve até 1960, na Seara Nova, uma série de artigos sobre arte e exposições onde defende a pertinência de uma corrente realista nas artes plásticas.

Adapta um conto de Leão Penedo para o argumento da sua primeira longa-metragem, Dom Roberto. As filmagens ocorrem no Verão de 1961.

Constitui a Cooperativa do Espectador com o objectivo principal de produzir Dom Roberto.


Publica pela editora Arcádia O que é o Cinema. Inicia a publicação de livros pela Artis: Júlio Pomar (1960), Lima de Freitas (1961) e A Pintura Portuguesa Neo-Realista (1965). Estava ainda previsto um livro sobre Manuel Ribeiro de Pavia que ficou inédito.


Organiza a "Exposição de Arte Africana", no âmbito da Semana de Arte e Folclore Africano, no Clube Universitário de Jazz, em Lisboa.


Estreia a 30 de Maio o filme Dom Roberto, no Cinema Império, em Lisboa. O filme marca um ponto de viragem no cinema português e é um precursor do Novo Cinema que se iria consolidar nos anos se que seguiram à sua estreia.
Durante cerca de dois anos, Ernesto de Sousa empenha-se na divulgação do filme, em Portugal e no estrangeiro.

Viaja por Marrocos e pela Argélia, à data da sua independência, durante Setembro e Outubro, rumo ao festival de Mannheim, onde exibia Dom Roberto. Desta viagem resulta a série de crónicas Cartas do Meu Magrebe publicada no Jornal de Notícias, neste e no ano seguinte.


É preso pela PIDE a caminho do Festival de Cannes, para acompanhar a exibição de Dom Roberto, a pretexto de uma entrevista ao Témoignage Chrétien acerca do filme. Em Cannes, na Semana da Crítica, o filme recebe os prémios da Jovem Crítica e da Associação do Cinema para a Juventude.



Orienta o Curso de Cinema Experimental no Cineclube do Porto, no qual colaboram Jorge Peixinho, Ângelo de Sousa, Armando Alves, Eduardo Calvet de Magalhães, Carlos Morais e Óscar Lopes.

Põe em cena no Teatro Experimental do Porto a peça Desperta e Canta, de Clifford Odets, com cenografia de José Rodrigues; e no ano seguinte, a peça O Gebo e a Sombra, de Raul Brandão, com cenografia de José Rodrigues e Alexandra de Vasconcelos, e música de Jorge Peixinho.

Publica o álbum Para o Estudo da Escultura Portuguesa pela ECMA, baseado numa série de notas sobre escultura portuguesa publicadas na Seara Nova entre 1959 e 1961.


Recebe, até 1968, uma bolsa de investigação da Fundação Calouste Gulbenkian para estudar a história, arqueologia e antropologia cultural de toda a escultura portuguesa de expressão popular pré-histórica, românica e barroca rural e com o objectivo de estabelecer um método de investigação estética e fenomenológica para a escultura. Desta pesquisa resulta o livro inédito O Selvagem e o Ingénuo na Escultura Portuguesa.


Lecciona, até 1970, as disciplinas de Técnicas da Comunicação e Estética do Teatro e do Cinema, no Curso de Formação Artística (CFA) da Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA). Adriano de Gusmão, José-Augusto França, Manuel Taínha, Rui Mário Gonçalves, Sá Nogueira, Santos Simões, José Blanc de Portugal, Fernando Conduto e Sena da Silva eram também professores no curso.


Realiza, com o seu aluno Carlos Gentil-Homem, os filmes em Super 8 Havia Um Homem que Corria e Happy People, marcados pelo seu entusiasmo pelo cinema experimental. A viagem de estudo a Londres com os alunos do CFA, no verão deste ano, onde contacta com experiências deste género, foi fulcral para o despertar deste interesse.

Cria a Oficina Experimental com alunos do CFA visando a realização de projectos experimentais.


Colabora com Noronha da Costa e com a Oficina Experimental na organização do Encontro do Guincho.          

Dá início às filmagens de Almada, Um Nome de Guerra, no atelier de Almada Negreiros. Para financiar o filme realizam-se leilões de obras oferecidas por artistas, em Lisboa, no Porto e em Aveiro, antecedidos de debates em torno da obra e figura de Almada Negreiros.

Realiza a curta-metragem em 16 mm Crianças Autistas, a convite do Dr. João dos Santos.

Participa, com a jornalista Maria Antónia Palla, nos Undici Giorni di Arte Collettiva, em Pejo, evento organizado por Bruno Munari, que lhe permite o contacto com novas expressões artísticas. Conhece a expressão "operador estético", que adopta e introduz em Portugal. Os artigos deste ano na Vida Mundial fazem uso desta expressão e de outras como "anti-pintura" e "anti-arte".

Apresenta o exercício de comunicação poética Nós Não Estamos Algures, no Teatro 1º Acto em Algés. No ano seguinte, entra em polémica com Mário Cesariny, no jornal A Capital, a propósito do uso de poemas seus neste exercício.


Torna-se sócio da Associação Internacional de Críticos de Arte/Secção Portuguesa (AICA/SP).

A partir desta década participa activamente em redes de mail art, contribuindo para publicações colectivas como I am, Galeria Ramont, 1978; Project 1978 de Robert Besson, Kyoto (projeto exposto na galeria Diferença em 1980); Views de Robin Crozier, Inglaterra, 1978 e W.A.A. de Guy Bleus, Bélgica, 1982, entre outras.


Descobre no Cinema São Carlos, em Madrid, os painéis decorativos feitos por Almada Negreiros para o hall e fachada do edifício, em 1929. Com o apoio de Manuel de Brito, transporta-os para Portugal.

É curador da exposição "Do Vazio à Pro Vocação" para a Expo AICA 72, na SNBA.

Visita a 5ª edição da Documenta em Kassel, comissariada por Harald Szeemann. Regressado a Portugal, realiza sessões de divulgação deste acontecimento apoiado da sua vasta documentação fotográfica. Publica no jornal A República uma entrevista a Joseph Beuys. A experiência desta Documenta foi capital para a concepção de arte e vanguarda que defenderá intensamente nas décadas seguintes.

Inicia o ciclo O TEU CORPO É O MEU CORPO, designação que utiliza para agrupar uma série de acções, performances e exposições, que continuará a desenvolver até 1988. Este ciclo inclui produção gráfica, fotográfica e fílmica, textos poéticos e obras mixed-media.


Apresenta a anti-conferência "Da Vanguarda artística em Portugal e do mercado comum; com uma receita que contribuirá para a resolução de alguns problemas que afligem a nossa pátria (em 1972)", num de ciclo conferências de críticos da AICA, na Galeria Dinastia em Lisboa.

Participa no congresso da AICA na Jugoslávia, onde visita a exposição "Novas Tendências", em Zagreb, e contacta com os circuitos alternativos de Belgrado, Liubliana e Dubrovnik. Nesta viagem, encontra-se, em Nice, com os artistas fluxus Robert Filliou, George Brecht e Ben Vautier. Mantém contacto com Filliou, com quem estabelece uma relação de amizade.

Publica artigos na revista Lorenti's, até 1974, e na Colóquio-Artes, até 1979, sobre o contexto artístico nacional e internacional.


A partir de uma ideia de Robert Filliou propõe e comemora o 1.000.011º Aniversário da Arte no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.

É curador da exposição "Projectos-Ideias" para a Expo AICA 74, na SNBA.

Publica artigos no Século Ilustrado e na Vida Mundial, reflectindo sobre a situação da arte em Portugal. Nesta última, defende a necessidade de uma vanguarda artística num contexto de revolução social, divulgando artistas internacionais. Estes artigos, no período quente do 25 de Abril, são marcados pela defesa da importância de uma prática artística e cultural com autonomia em relação ao poder político.


Apresenta com Jorge Peixinho o mixed-media Luiz Vaz 73, no Festival Internacional de Mixed Media em Gante. No ano seguinte a obra é apresentada em Portugal. 

Dirige o Clube-Encontro Opinião, onde acolhe a distribuição de Diplomas de Artista do Grupo ACRE e organiza exposições de Da Rocha, Pires Vieira e de artistas conceptuais jugoslavos, entre outras.

Encena Jeronimus Bosch: Um Mistério que Deixou de o Ser, com texto de J. B. Vicente e interpretação de André Gomes, no Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.

Participa no congresso da AICA na Polónia. Conhece o teatro de Tadeusz Kantor e o Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski. Visita a Oficina de Acções e Documentações da dupla de artistas Kulik e Kwiek, em Varsóvia.


Apresenta um ciclo de vídeo no Goethe Institut, em Lisboa e no Porto, com mostra de artistas como Alan Kaprow, Joseph Beuys, Rebecca Horn, Richard Hamilton e Wolf Vostell. 

Participa na inauguração do Museu Vostell de Malpartida. Conhece o artista fluxus Wolf Vostell, com quem estabelece uma relação de cumplicidade e colaboração nos anos seguintes.

Apresenta o filme Revolution My Body n.º 2, na Galeria LDK Labirynt em Lublin, na Polónia, com Fernando Calhau e Julião Sarmento.


É curador da exposição "Alternativa Zero", na Galeria Nacional de Arte Moderna, em Lisboa, que incluía acontecimentos paralelos e performances, entre as quais as actuações do Living Theatre.

Orienta o curso "Conhecimento da Arte Actual" na Galeria Quadrum, em Lisboa.

Participa na exposição colectiva "O Papel como Suporte", na SNBA, com a obra Isto É Pintura sobre Papel. No dia da inauguração, Ernesto de Sousa retira a sua obra da exposição, contestando a selecção de apenas três das cinco partes da sua obra pelo júri. Acerca deste acontecimento imprime um panfleto. No ano seguinte, após a recusa da sua obra Isto é Pintura n.º 6, pelo júri da exposição "Outras Formas, Outra Comunicação", imprime outro panfleto de protesto.


Participa na 1ª Semana de Arte Contemporânea de Malpartida (SACOM 1) com a sua primeira exposição individual Tu Cuerpo Es Mi Cuerpo / Mi Cuerpo Es Tu Cuerpo.

Organiza e participa com Leonel Moura na exposição "Onze Artistas Portugueses em Milão", no espaço Laboratorio. São também convidados Alberto Carneiro, Ana Vieira, Fernando Calhau, Helena Almeida, Irene Buarque, José Conduto, Julião Sarmento e Mário Varela.

Colabora com Dulce D'Agro na programação da Galeria Quadrum. Apresenta a conferência "Arte-Processo ou Artes da Acção”, no âmbito de um ciclo que inclui performances de Gina Pane e Ulrike Rosenbach, uma exposição de Silvie e Chérif Dafroui e um programa de arte-vídeo apresentado por Dany Bloch. Apresenta uma exposição do artista italiano Fernando de Filipi e uma série de exposições individuais de José Conduto, Leonel Moura, Mário Varela e Irene Buarque.

Participa em "Un Espace Parlé", um ciclo de exposições difundidas através de um atendedor de chamadas, promovido pela Galeria Gaëtan, em Genebra.

Apresenta a sua primeira exposição individual em Portugal, "A Tradição como Aventura", na Galeria Quadrum em Lisboa. A exposição partilha o título com o de uma instalação que a integra.

Dirige a Galeria Diferença (antiga Cooperativa Grafil) até 1987, onde organiza várias exposições individuais e participa em várias colectivas tais como "18 × 18 Nova Fotografia", "Homenagem a José Conduto", "A Caixa", "Livro de Artista", "Celebração da Celebração" e "Diferença-Diálogo".

Publica artigos na revista Opção e a rubrica "Imaginar Portugal" na revista Abril.


Participa na 2ª Semana de Arte Contemporâna de Malpartida (SACOM 2) com a obra performativa Identificación Con Tu Cuerpo. Convida um grupo de artistas portugueses para um programa de performances e acções, promovendo a doação das suas obras à colecção permanente do Museu Vostell.

Organiza uma retrospectiva de Wolf Vostell na Fundação Calouste Gulbenkian e na Galeria Nacional de Arte Moderna, em Lisboa; e no Museu Soares dos Reis, no Porto. No fecho desta exposição na Galeria Nacional de Arte Moderna faz a primeira apresentação de Almada Um Nome de Guerra, numa sessão informal com a colaboração do artista João Vieira.

Apresenta a instalação Olympia no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e no ano seguinte, na Galeria Diferença, em Lisboa.

Torna-se membro do Internationales Kunstler Gremium (IKG), sob proposta de Robert Filliou e Georg Jappe.


Apresenta a vídeo-escultura e performance The Promised Land: Requiem para Vilarinho das Furnas na exposição "Arte Portuguesa Hoje", na SNBA, em Lisboa. No ano seguinte apresenta este trabalho no 3ème Symposium d'Art Performance de Lyon, organizado por Orlan e Hubert Besacier.

Apresenta uma exposição individual na galeria Ars Viva, em Berlim, por mediação de Wolf Vostell.

Participa na redacção do "Manifesto do Lavadero", na 3ª Semana de Arte Contemporânea de Malpartida (SACOM 3), com Fernando Pernes, João Vieira e Wolf Vostell, entre outros artistas e críticos. O documento reunia declarações dos participantes acerca do estado artístico contemporâneo.

É comissário da representação portuguesa na Bienal de Veneza, para a qual concebe e participa na exposição colectiva com o tema "A Palavra e a Letra".


Apresenta Pre Texto 1: Numero Deus Pari Gaudet, no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.

Participa na exposição colectiva "Portuguese Video Art", organizada por José Manuel Vasconcelos, na Gallery of New Concepts na Universidade de Iowa, com o vídeo To a Poet I e II.

Participa na exposição "25 Artistas Portugueses Hoje", comissariada pela artista Irene Buarque, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, com a instalação A Tradição Como Aventura, um texto no catálogo e uma conferência.


Apresenta a instalação Pre Texto 2: After Painterly Abstraction na Galeria Diferença, em Lisboa, e no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.

É comissário da representação portuguesa na Bienal de Veneza, seleccionando Helena Almeida.

Publica Maternidade pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda, um livro com 26 desenhos inéditos de Almada Negreiros preparado com Sarah Affonso em 1971.


Participa nos debates de "Depois do Modernismo", com Eduardo Prado Coelho, Germano Celant, José Barrias e José Luís Porfírio, na Escola Superior de Belas-Artes em Lisboa.

Apresenta Ultimatum na Experimental Intermedia Foundation, em Nova Iorque.

Apresenta publicamente pela primeira vez Almada Um Nome de Guerra na Fundação Juan March, em Madrid. Nesta ocasião, lança o livro Re começar: Almada em Madrid, preparado entre 1970 e 1972.
No ano seguinte faz apresentações deste mixed-media na Fundação Juan Miró, em Barcelona, e no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Integra a comissão consultiva do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.


Participa na exposição colectiva "Atitudes Litorais", comissariada por José Miranda Justo, na Faculdade de Letras de Lisboa. 
É comissário da representação portuguesa na Bienal de Veneza, seleccionando José Barrias.
Apresenta a instalação Profanação, na cooperativa Árvore no Porto.


Participa na exposição colectiva "10 Quadros para o Ano 2000", organizada por Leonel Moura na Casa Varela, com Ângelo de Sousa, Julião Sarmento, Leonel Moura, Mário Varela, Pedro Proença e Cabrita Reis, entre outros artistas.


Apresenta as exposições complementares "Antes Desse Ouro" (graffitis) e "Esse Ouro Dantes" (série Alquimigramas), na Galeria Diferença e na Galeria Quadrum, respectivamente.


A retrospectiva de Ernesto de Sousa, "Itinerários", promovida pela Secretaria de Estado da Cultura, é apresentada em Lisboa, na Galeria Almada Negreiros e no Museu Nacional de Arte Antiga (comissariadas por José Luís Porfírio), e na Galeria Diferença (comissariada por Leonel Moura). A exposição foi também apresentada no Porto, na Casa de Serralves (comissariada por Fernando Pernes). Ernesto de Sousa colaborou com Maria Estela Guedes e Fernando Camecelha na edição do catálogo da exposição.

Elabora o projecto de inquérito, não concluído, I am Innocent. O trabalho compreendia quatro fases: envio de inquérito com as perguntas "Are you innocent?", "Are you guilty?" e "Whose guilt is it?", baseadas no Livro de Job; trabalho sonoro colectivo com músicos e amigos de centros internacionais dedicados a estudos intermedia; elaboração de uma escultura colectiva, recorrendo ao vídeo, computadores e meios artesanais; e criação de uma plataforma de discussão sobre o tema e o desenvolvimento deste trabalho.


Elabora o projecto Aldeia Global que propunha a troca de informações e a criação em rede. Procurava equipar um grupo alargado de operadores estéticos com material informático e dar-lhes formação para a sua utilização. O estabelecimento desta rede conjugava uma vasta experiência cultural adquirida por meios tradicionais com as potencialidades oferecidas pelas inovações tecnológicas.

Morre a 6 de Outubro.