Projectos

Dom Roberto

Filme 35 mm, preto e branco, som, 102', 1962.
Estreou a 30 de Maio de 1962, no Cinema Império em Lisboa.
Recebeu o Prémio da Jovem Crítica e o Prémio da Associação de Cinema para a Juventude, na Semana da Crítica do Festival de Cannes, em 1963.


Este filme a que Ernesto de Sousa meteu ombros há cerca de oito anos (pois data de 1954 o princípio mais remoto da história que serviu de tema à película) é, encaradas as coisas dentro da sua realidade, um verdadeiro milagre se atendermos ao custo de Dom Roberto: cerca de novecentos contos, sete vezes menos que qualquer filme barato que se faça nos estúdios franceses!
O seu financiamento teve como "motor de arranque" a chamada "Cooperativa do Espectador" que, reuniu uma soma que pode parecer desprezível e que visa essencialmente "opor aos compromissos exclusivos da especulação comercial, o interesse de um público esclarecido na produção de filmes de qualidade", fórmula nova no nosso país. A realização do filme não teria, no entanto, viabilidade, se não fosse a participação de Imperial Filmes – sua distribuidora – e de Ulisseia Filmes. Os produtores não recorreram ao auxílio oficial (Fundo de Cinema) caso que, senão único, é pelo menos bastante raro. Igualmente declinaram uma proposta do grande homem de cinema actual, que é Bardem, para financiar o filme que seria produzido na Unicis.

Diário de Notícias, Funchal, 2 de Junho de 1962.


Realizado por Ernesto de Sousa.
Argumento adaptado por Ernesto de Sousa a partir de um conto de Leão Penedo.
Música de Armando Santiago.
Intérpretes: Raul Solnado (João Barbelas), Glicínia Quartin (Maria), Fernanda Alves, Rui Mendes, Luís Cerqueira, Nicolau Breyner, Olga da Fonseca, César Augusto, Esperança Monteiro, Adelaide João, Clara Rocha, Costa Ferreira, Oliveira Fonseca, Benjamim Falcão, Carlos Fernando e Isabel do Carmo.
Direcção de Fotografia por Abel Escoto.
Som: Augusto Lpes e Heliodoro Pires.
Montagem de Pablo del Amo.
Direcção de Produção: Rafael Pena e Costa.
Produzido pela Cooperativa do Espectador, pela distribuidora Imperial Filmes, com o apoio da Ulisseia Filmes.
Legendas de Victor Palla. Poema de Alexandre O'Neill cantado por Helena Cláudio de Sousa.
Marionetes de António Dias.
Assistência de realização: Edgar Gonçalves Preto, Luís Filipe Monteiro, Luís Jacobetty, António Damião e Isabel do Carmo.
Divulgação por Lília da Fonseca.


Algumas exibições em circuito nacional:
Cinema Império, Lisboa, Maio de 1962.
Cine-Teatro Capitólio, Lisboa, Maio de 1962.
Cine-Teatro Avenida, Coimbra, Abril de 1963.
Cineclube do Porto, Dezembro de 1963.
Cineclube Imagem, Lisboa, Novembro de 1966.
Semana do Novo Cinema Português, Cineclube do Porto, Dezembro de 1967.
1ª Semana do Cinema Português, Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, Tomar, Abril de 1973.
Rádio Televisão Portuguesa, Junho de 1974.
Ciclo "Panorama do Cinema Português", Cinemateca Portuguesa, Lisboa, Agosto de 1980.
10ª Semana Internacional de Cinema, Figueira da Foz, Agosto de 1981.
20º Encontro com o Cinema Português, Cinemateca Portuguesa, Lisboa, Março de 1983.
Ciclo "Cinema Novo Português", Cinemateca Portuguesa, Lisboa, Abril de 1985.

Algumas exibições em circuito internacional:
Festival de Mannheim, Outubro de 1962.
Cinema La Pagode, Paris, Outubro de 1962.
Fédération Française des Ciné-Clubs Juvénils, Paris, Novembro de 1962.
Ciné-Club Action, Paris, Dezembro de 1962.
Musée du Cinema, Paris, Junho de 1963.
Semana da Crítica, Festival de Cannes, Maio de 1963.
Congresso da Fédération Internationale des Ciné-Clubs, Paris, Junho de 1963.
Cinema Excelsior, Veneza, Setembro de 1963.
Istituto Luce, Roma, Setembro de 1963.
Ciclo "Le Cinéma Portugais des Origines à Nos Jours", Centro Pompidou, Paris, Maio 1982.