Bolsa atribuída a Sérgio Cruz (projecto sem título)
Júri: Phill Niblock, Valérie Vivancos, Manuel Costa Cabral, Rui Eduardo Paes, Emanuel Dimas Pimenta, Ruben Verdadeiro e Isabel Alves
[Sem título]
Durante a sua estadia, o artista filmou em Nova Iorque e combinou estas com outras filmagens anteriormente realizadas nas suas residências em Pequim (2007) e Maputo (2008) para as apresentar num dispositivo com múltiplos ecrãs, levando o espectador numa viagem circular por três continentes. Um road movie coreografado, uma abordagem documental a partir de imagens e sons da vida urbana e social da Ásia, da África e da América.
Na justaposição das filmagens são representadas figuras coreografadas em ambientes urbanos, de forma a reflectir-se sobre a sua identidade cultural e sobre como a performance ocorre quotidianamente em três culturas tão diferentes quanto afastadas. Uma abordagem pluridisciplinar, que propõe uma articulação entre o território da linguagem cinematográfica, da performance e das artes plásticas, sob a forma de vídeo-instalação.
Biografia
Sérgio Cruz (Vila Nova de Famalicão, 1977) vive e trabalha entre Portugal e Inglaterra como artista audiovisual/realizador. Licenciou-se em Som e Imagem, na Escola das Artes da UCP do Porto, realizando estudos de Design de Som, na Universidade HKU, Holanda. Desde então, colabora frequentemente como sonoplasta e filma vários espectáculos de coreógrafos portugueses.
Conclui dois mestrados em Londres, o primeiro em Artes Plásticas, na Central Saint Martins, e o segundo em Dance for the Screen, na London Contemporary Dance School. Desde aí que tem dedicado a sua prática artística à exploração do movimento humano através de uma abordagem cinematográfica.
O seu trabalho é regularmente apresentado em canais televisivos (como o Channel 4), museus e galerias (como na exposição colectiva “Figuring Landscapes” na Tate Modern) e em diversos festivais de cinema e de vídeo-arte, no circuito nacional e internacional. Já foi distinguido com vários prémios, destacando-se entre eles The Red Mansion Art Prize 2007, Novo Talento FNAC, no festival Indielisboa, e Melhor Filme Português sobre Arte, no festival Temp D' Images.